quarta-feira, 31 de março de 2010


terça-feira, 30 de março de 2010


Vantagem do serviço?

Esta imagem é dedicada ao Vareta.

E não é que esse raVeta faz anus, hoje!

Parabéns, pá, e vê lá não fiques com os "olhos em bico" perante a "leitaria Raquett"!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sam Kinison



"You might as well have a trigger on it ladies 'cause we'll do what you say......"


Crossing the line - M18




quinta-feira, 25 de março de 2010


quarta-feira, 24 de março de 2010

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Concupiscência













«Recentemente, entre a poeira de algumas campanhas políticas, tomou de novo relevo aquele grosseiro hábito de polemista que consiste em levar a mal a uma criatura que ela mude de partido, uma ou mais vezes, ou que se contradiga, frequentemente. A gente inferior que usa opiniões continua a empregar esse argumento como se ele fosse depreciativo. Talvez não seja tarde para estabelecer, sobre tão delicado assunto do trato intelectual, a verdadeira atitude científica. Se há facto estranho e inexplicável é que uma criatura de inteligência e sensibilidade se mantenha sempre sentada sobre a mesma opinião, sempre coerente consigo própria. A contínua transformação de tudo dá-se também no nosso corpo, e dá-se no nosso cérebro consequentemente. Como então, senão por doença, cair e reincidir na anormalidade de querer pensar hoje a mesma coisa que se pensou ontem, quando não só o cérebro de hoje já não é o de ontem, mas nem sequer o dia de hoje é o de ontem? Ser coerente é uma doença, um atavismo, talvez; data de antepassados animais em cujo estádio de evolução tal desgraça seria natural.»

F. Pessoa – numa “crónica do tempo que passa”, de 1915


terça-feira, 23 de março de 2010


Monumentos II - Pós-modernas





















POR FAVOR, PRESTEM-ME ATENÇÃO...



Nelson estava a copular com uma senhora que tinha morrido de hidropisia há um mês. Como lhe fazia muita pressão no bandulho saia-lhe líquido esverdeado pelo anús, pelos olhos e pelo que restava da cenaita que já largava delidos pedaços de mucosa com pelos. Nelson resfolegava, revirando os olhos, enquanto lhe empurrava um talo de couve penca pelo recto tentando estancar os esguichos. A última vez que lhe acontecera uma destas foi quando rebentou um quisto hidático cheio de pútridas e pulirantes larvas no cu do cão sarnento e coxo que sodomizara atrás de um talho, o mês passado, mesmo por detrás de um monte ossos cheios de gordura rançosa e varejeiras e que serviria para fazer margarina vaqueiro no ano que vem. Como estava um tudo-nada enjoado fez uma pausa para comer e beber uma água mineral. Desembrulhou o papo-seco com uma talhada de esparguete que trazia embrulhada nos truces e deglutiu com grandes dentadas e engolindo sem mastigar. Como ficou embaçado quase sufocando, não teve outro remédio senão sentar-se na pança da mulher e sorver um esguicho de malcheiroso liquido ensanguentado como quem bebe num bebedouro de jardim daqueles cheios de sarro, folhas podres, beatas e larvas de mosquito. Aliviado, foi limpar-se com um naperon de malha que usava para aconchegar as hemorróidas e que ficou cheio de postas de muco purulento e novelos de pelos púbicos a desfazerem-se que se lhe agarravam ao tarolo .

FIM



Monumentos I











segunda-feira, 22 de março de 2010

Vintage III




























sexta-feira, 19 de março de 2010



quinta-feira, 18 de março de 2010


Rammstein "The Model"

Grande cover

E, a título de bónus, a Keira Knightley num registo diferente....

Dar corda, sem ser aos sapatos




































E continuaaaaaaando...


"Oh, sim, dá-me de força", dizia a Pifila repetidamente... ;)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Vintage II















Vintage






























terça-feira, 16 de março de 2010


Há sempre maneira de dar a volta à coisa



"Se caíres 7 vezes, levanta-te 8" - Lao-Tsé

Vivó Belém!



Podes ficar com a camisola, pá...

É O MAIOR! (ahahahahahah)


2 em 1



Ok, provavelmente tem uns Km a mais, mas a tubagem ainda parece funcionar.

Barbearia em Nampula




sexta-feira, 12 de março de 2010


quinta-feira, 11 de março de 2010

José Mário Branco - F.M.I.

Há mais de 10 anos que não ouvia 'isto'. E digo 'isto', porque não se lhe pode chamar propriamente uma canção... e sempre que a oiço fico invariavelmente pasmado, boquiaberto, siderado, eu sei lá.

Ainda para mais, e apesar de algumas referências desactualizadas como o próprio refere, o tema continua na ordem do dia! Esperemos que o constante decair da situação nacional não torne o tema deprimentemente actual e candente.

Posto isto, só me ocorre dizer uma coisa: Aprende, Falâncio, pá! És um menino!!!


«Consolida filho, consolida, enfia-te a horas certas no casarão da Gabriela que o malmequer vai-te tratando do serviço nacional de saúde.

O cabrão do astro entra-te pela porta das traseiras, tu tens um gozo do caraças, vais dormir entretido, não é? Pois claro, ganhar forças, ganhar forças para consolidar, para ver se a gente consegue num grande esforço nacional estabilizar esta destabilização filha-da-puta, não é filho?

A culpa é dos partidos pá! Esta merda dos partidos é que divide a malta pá, pois pá, é só paleio pá, o pessoal na quer é trabalhar pá! Razão tem o Jaime Neves pá! (Olha deixaste cair as chaves do carro!) Pois pá! (Que é essa orelha de preto que tens no porta-chaves?) É pá, deixa-te disso, não destabilizes pá! Eh, faz favor, mais uma bica e um pastel de nata.

Precisas de ter razão, precisas de atirar as culpas para cima de alguém e atiras as culpas para os da frente, para os do 25 de Abril, para os do 28 de Setembro, para os do 11 de Março, para os do 25 de Novembro, para os do... que dia é hoje, ahn?

Esta merda não anda porque a malta, pá, a malta não quer que esta merda ande, tenho dito. A culpa é de todos, a culpa não é de ninguém, não é isto verdade? Quer isto dizer, há culpa de todos em geral e não há culpa de ninguém em particular!

Tu fazes como os outros, fazes o que tens a fazer, votas à esquerda moderada nas sindicais, votas no centro moderado nas deputais, e votas na direita moderada nas presidenciais!

Piramiza filho, piramiza, antes que os chatos fujam todos para o Egipto, que assim é que tu te fazes um homenzinho e até já pagas multa se não fores ao recenseamento. Pois pá, isto é um país de analfabetos, pá! Dá-lhe no Travolta, dá-lhe no disco-sound, dá-lhe no pop-xula, pop-xula pop-xula, iehh iehh, J. Pimenta forever! »







2 em 1



Pois.

jg

quarta-feira, 10 de março de 2010

Lego

terça-feira, 9 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

O Neto

Enrolou com calma a erva numa mortalha. Passeou a folha entre os dedos aconchegando o tabaco e a erva num rolo assimétrico. Lembrou-se do que tinha visto quando era ainda uma criança. Lembrava-se do avô a carregar a arma, lembrava-se do cheiro a pólvora no ar, lembrava-se de tudo, num filme a preto e branco que passava na sua cabeça, sempre, em todas as horas de todos os dias. Levou à boca a mortalha, humedeceu o papel e fechou-a. Sempre que o fazia lembrava-se do corpo da sua avó, numa outra mortalha. Inspirou e soltou o fumo no ar. Inspirou o cheiro que se soltava no ar e fechou os olhos para rever o mesmo filme uma outra vez pela enésima vez. Pelo menos agora sentia que o dia seria mais curto.

Virou-se e olhou para o corpo que estava do seu lado. Levantou-se e abriu a janela. Olhou para a rua vazia, despida de pessoas e de árvores. Lembrou-se de como se limpava uma arma, lembrou-se de desmontar a arma do avô, de passar o canhão pelos dedos, de tirar os restos de pólvora espalhados pelo cano, lembrava-se de tirar a folga ao gatilho enquanto alinhava a mira num alvo imaginário.

Agora, sozinho, conseguia ver os olhos do avô. Conseguia ver a sua cara espremida contra o metal da arma, de ver os olhos semi fechados procurando a concentração do tiro. Conseguia ver a cara da sua avó. Conseguia imaginar o que ela sentira quando viu o dedo do marido escorregar no gatilho. A puta que sempre quisera controlar o universo que dependia dela. O sorriso deslavado sempre que impunha a sua vontade. O grasnar que saia da sua boca sempre que alguém era pisado pela sua vontade.

Olhou de volta para a cama, para o corpo abandonado que fora seu.


Canção do engate

Ele há gente capaz de tudo...

Boa, Zeca, mas eu escolhia estes três veículos e mai'nada...